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ESPECIAL PARA A ASSOCIAÇÃO GERAL

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Impresso nos Estados Unidos

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ESPECIAL PARA A ASSOCIAÇÃO GERAL 1950

Este livro especial para a Associação Geral dos Adventistas do Sétimo dia resolve as seguintes perguntas: Quem é o Elias de hoje? Ele há de restaurar todas as coisas? O que fazer com os separatistas ou dissidentes.

Estas perguntas estão sendo debatidas entre nós por um grupo de rebentos [reformados] que continua crescendo cada vez mais. De esses rebentos, os da Vara do Pastor são os mais promissórios e atormentadores. De fato, esses incômodos têm aumentando de tal forma, como para obrigar a todo verdadeiro adventista do sétimo dia, a enfrentar de maneira franca o problema.

Na verdade, irmãos, a gravidade crescente do assunto desafia a cada um de nós a não esquivar o problema, como fizeram os judeus em seu tempo, e dessa forma chegaram a perder sua salvação; deveríamos enfrentar o problema, como fez Cristo no Sinédrio, e assim triunfar gloriosamente.

Este ano da Associação Geral [1950] deveria, uma vez por todas, resolver na mente de todos as perguntas referentes a quem são e de quem se trata realmente. Talvez você não seja um dos que estão sendo atormentados pela mensagem da Vara, porém deveria, não obstante, se fortalecer com os fatos para que pudesse administrar o bálsamo da verdade àqueles que são atormentados por ela.

Para trazer ante vocês a gravidade

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da situação da igreja nessa hora tão tarde, e o remédio que Deus quer que povo Seu tenha para se livrar da tortura desse “Rebento”, pela segunda vez, eu me proponho apresentar perante vocês os fatos revelados, para que ninguém, quer seja pastor ou um simples membro, ande cegamente nas trevas.

Já que todos concordam que a Inspiração vinda diretamente do trono de Deus constitui a nossa única visão espiritual, então, deveríamos estar pontos para deixar de lado as nossas diferenças, e permitir que o Espírito de Deus nos conduza. Especialmente agora, queridos irmãos, que chegou o momento oportuno de investigar o assunto [de Elias], porque em todo lugar o povo de Deus depara com as seguintes perguntas:

Já chegou o profeta Elias?”

Vai aparecer em pessoa o antigo profeta?”

Será que um grupo de pessoas vai desempenhar o trabalho do antigo Elias?”

Do que se trata realmente todo isso?”

Já que ninguém pode, honestamente ou sem punição, afastar-se da resposta que vem da Palavra infalível de Deu, com certeza meus irmãos, vocês prestarão a mais solene atenção a essa urgente consideração. Não permitam que nada distraia sua atenção, porque vocês, bem como eu, temos que

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saber que é uma questão de vida eterna para todos nós.

A questão tão grave que surge dessas perguntas exige de cada um de nós, que deixemos de nos enganar ou permitir que outros nos enganem. Se essas perguntas não podem ser respondidas com a verdade clara, seria muito melhor deixá-las até que o rolo se abre um pouco mais, em lugar de permitir que os homens as respondam com suas fábulas inventadas, as quais só servem para confundir.

Agora podemos perguntar: o rolo tem se desenrolado o suficiente para poder responder a estas perguntas? Será que o Espírito de Deus está nos rogando que nos detenhamos para olhar e ouvir? Ou será que ainda temos de aguardar? Para a resposta divina, vamos examinar, pois, “a mui firme palavra profética” que agora está iluminando cada vez mais o nosso caminho:

Eis que eu vos enviarei o profeta Elias, antes que venha o grande e terrível dia do Senhor;  e ele converterá o coração dos pais aos filhos, e o coração dos filhos a seus pais; para que eu não venha, e fira a terra com maldição”. Malaquias 4:5,6.

Com a luz que esta profecia lança sobre o tema, é impossível escapar a conclusão que um profeta – alguém – deve ser enviado “antes da chegada do dia grande e terrível do Senhor”. E que só assim, pode haver um grupo de pessoas em conexão com a mensagem de Elias. As Escrituras nos revelam, de forma clara, a promessa, o tempo e a obra, bem como a maneira de

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estarmos em total segurança no “dia grande e terrível do Senhor”, “para que eu não venha, diz o Senhor, e fira a terra com maldição”. Malaquias 4:6.

Ninguém pode se atrever a cometer o absurdo de tratar este assunto de maneira leviana ou fazer suas próprias invenções sobre o tema. Além disso, devemos lembrar que é impossível que o Senhor deixe nem sequer um de nós nas trevas, se desejamos conhecer a verdade, e se anelamos fazer a vontade de Deus (O Grande Conflito pág. 560). Para que todos nós possamos ter essa maravilhosa experiência, deveríamos orar que o Espírito que guia a toda verdade, conduza esta tentativa.

Contudo, queridos irmãos, devemos lembrar que nenhum profeta de Deus foi bem recebido pela igreja. Ao contrário, cada um no seu tempo, foi rejeitado, maltratado, e a maioria deles foram martirizados por aqueles a quem haviam sido enviados – por aqueles que professavam servir a Deus! De fato, o Senhor mesmo pagou o mesmo preço. Portanto, temos que recordar que quando vier o último profeta, ele encontrará a maior oposição, porque bem sabe Satanás se que perde agora, perderá para sempre. O que dificulta ainda mais a obra do Elias, é o fato de que ao cristianismo foi inculcada a ideia de que não se deve esperar a chegada de profeta algum, e que não há necessidade de outro profeta, porque temos suficiente verdade para nos levar até as portas da Santa Cidade.

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Por isso, é de esperar que o Elias anunciado, será denunciado como falso profeta, talvez chamado até de anticristo, dissidente, ou de qualquer outro nome.

Ademais, o inimigo já tem mobilizado todas suas forças, entoando melodias encantadoras para induzir os que buscam a verdade a entrarem no seu carro de ouro, cujo falso brilho da verdade, já está enganado muitos com teorias erradas, entretanto os capitães dele estão gritando a toda voz “Aleluias”, “Santo Espírito”, “Dom de cura”, “Dom de línguas”, “Dom de milagres”, e todo o resto, embora todo esse barulho e gritaria não tem nem sequer uma centelha de vida. Soprar-se-á todo vento de doutrina; falsos reavivamentos e reformas terão atingido o seu clímax. Todo quanto for possível fazer para torcer a verdade, distrair e desencorajar os crentes, será feito para desviar a atenção do povo da mensagem de Elias e atraí-los a qualquer outra coisa.

Esse será o jeito que o diabo vai proceder à medida que se aproxima o dia do senhor, enquanto Elias está advertindo ao povo da iminência do dia; à medida que o rolo da verdade está abrindo e as profecias do grande dia do Senhor estão sendo reveladas. Sua obra [de Elias] e as suas interpretações das profecias referentes ao grande dia de Jeová o identificarão como o profeta Elias prometido (Testemunhas para Ministros pág. 475),

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e isso enfurecerá o diabo como nunca antes. Todavia, nossa única segurança consistirá em dar ouvidos aos ensinos de Elias, porque não haverá outra voz de autoridade com a verdade presente na qual se poderá confiar. Qualquer outra voz ou mensagem conduzirá suas vítimas, de olhos vendados, à perdição.

Por esta razão, não deixe que outros investiguem este tema por você. Depois de ouvir as evidências, só você, no seu quarto de oração e com a ajuda do Espírito Santo, pode determinar se o Elias já veio, ou se ainda temos que aguardar sua chegada.

Contudo, não esqueça que a mensagem que ele trai, terá em si mesma as credencias divinas da verdade, e que sacerdote ou pastor algum pode decidir por você quem pode ser ou não ser, o Elias. Não, nem mesmo a aparência do que a mensagem está fazendo ou não; se está prosperando ou morrendo; nada disso pode ser considerado como prova de que ela é de origem divina. Nem o número de seguidores que ela tem, porque isso nunca foi levado em conta para comprovar a veracidade de uma mensagem em época alguma, nem sequer nos dias quando Cristo mesmo pregava o evangelho do reino. A mensagem de Elias é a única coisa a considerar.

Visto que o inimigo não pode eludir a verdade, ele faz tudo quanto puder para denegrir o caráter e jogar faltas em personalidades. Não obstante, a mensagem do profeta não pode ser julgada pelo comportamento de seus seguidores, porque até os apóstolos portavam-se mal

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antes da ascensão de Cristo. Também a multidão mista que seguia Moisés não era em nada exemplar; de fato, em muitos casos seu comportamento era vergonhoso. Os “santos homens de Deus” que escreveram as Escrituras, eram homens com defeitos. Até mesmo Moisés não era sem falta. Mas a pesar de tudo, Moisés, a sua mensagem e o movimento que liderava, foram os únicos dignos de confiança para aquele tempo.

Do mesmo modo, independente das considerações de defeitos, fracassos e fraquezas pessoais, a mensagem e o movimento de Elias serão os únicos enviados por Deus; os únicos a temer, amar, defender, e pelos quais viver ou morrer. Não haverá nenhum outro escudo quando o Céu se abrir e começar a tormenta em toda sua terrível fúria sobre o mundo, derramando dos céus seus mortíferos relâmpagos.

Afinal, com qual outro propósito, poderiam supor os que pensam direito, enviaria o Senhor Seu profeta senão para que eles o escutem, e sobrevivam o dia grande e terrível do Senhor? Para que realmente Deus fez escrever a profecia e a promessa de Seu profeta para os últimos dias? Pensem nisto, queridos irmãos; reflitam sobre isso.

Também, não se deve esquecer que quando alguém se une à Igreja Adventista, (se sua mente é racional), ele toma essa decisão sem a aprovação dos seus pastores anteriores. Também ninguém se une à igreja porque ela tem

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um grande número de membros ou pessoas que se comportam bem, mas porque está ciente que ouviu a verdade tal como é revelada pelo Espírito de Profecia. Já que foi desta maneira tão prudente que qualquer um de nós chegou a aceitar o profeta e a mensagem, assim deveria ser ainda, se devemos saber e receber a mensagem do Elias de hoje. Por isso nos admoesta o Espírito de Profecia: “Devemos orar como nunca. Não somente para que sejam enviados obreiros à grande seara, mas também para que tenhamos uma concepção clara da verdade, de tal forma que, quando vierem os mensageiros da verdade, aceitemos a mensagem e respeitemos o mensageiro”. Testemunhas para a Igreja, vol. 4, pág. 420. Não se atreva ninguém a agir de outra maneira. A coroa da vida exige de cada de nós, que vigiemos o tempo todo porque um inimigo cruel está determinado a tirá-la de nós.

Tenho certeza, irmãos, que vocês estão convencidos da pura verdade que temos examinado até agora. Agora antes de prosseguir, estou certo que todos nós concordamos que se tivermos uma clara visão espiritual, poderemos discernir o tempo que deve chegar Elias, e dessa forma não será difícil de encontrar as respostas pertinentes às perguntas que faltam.

Contudo, é importante recordar que o tempo que se deve esperar a chegada de Elias é “antes do dia grande e terrível de Jeová”, todavia não basta saber somente isso. Saber quando e no que consiste esse dia grande e terrível

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é extremamente importante. Sem esse conhecimento, quem poderia reconhecer o Elias quando aparecer? Para que não percamos esse conhecimento tão importante, a Inspiração se esforça em localizar esse dia na profecia de Malaquias:

Eis que eu envio o meu mensageiro, e ele há de preparar o caminho diante de mim; e de repente virá ao seu templo o Senhor, a quem vós buscais, e o anjo do pacto, a quem vós desejais; eis que ele vem, diz o Senhor dos exércitos. Mas quem suportará o dia da sua vinda? e quem subsistirá, quando ele aparecer? Pois ele será como o fogo de fundidor e como o sabão de lavandeiros; assentar-se-á como fundidor e purificador de prata; e purificará os filhos de Levi, e os refinará como ouro e como prata, até que tragam ao Senhor ofertas em justiça”.  Malaquia 3:1-3

Esses versos nos revelam que o dia do Senhor é dia para afinar, limpar e sacudir. Além disso, a pergunta: “quem suportará o dia da sua vinda?” aponta de maneira enfática que alguns não o poderão suportar, perder-se-ão durante a sacudidura (Primeiros Escritos, pág. 270). Não poderão suportar o processo de purificação (Testemunhas, Vol. 5, pág. 80; Testemunhas, Vol. 8, pág. 250).

Quem será sacudido? Serei eu? Será você? Essa é a pergunta mais solene para nós. Contudo, não vai ser nem eu, nem você, se formos inteligentemente resolutos a não ser sacudidos. Com certeza, irmãos, ninguém precisa ficar

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na incerteza. Com toda certeza, podemos reconhecer o dia, bem como o Elias, enquanto ele o está anunciando. Ele nos surpreenderá ao mostrar que cada profeta bíblico descreve esse dia; também nos dirá o que o Senhor quer que façamos à medida que o dia se aproxima, e também o que devemos fazer quando passarmos por ele.

Agora examinemos o evento através da profecia de Joel. Se não tivéssemos nenhuma profecia senão a de Joel, ela seria suficiente para deixar um quadro bastante claro do grandioso e terrível que é esse dia. Ele diz:

Tocai a trombeta em Sião, e dai o alarma no meu santo monte. Tremam todos os moradores da terra, porque vem vindo o dia do Senhor; já está perto; dia de trevas e de escuridão, dia de nuvens e de negrume! Como a alva, está espalhado sobre os montes um povo grande e poderoso, qual nunca houve, nem depois dele haverá pelos anos adiante, de geração em geração.


 

Diante dele um fogo consome, e atrás dele uma chama abrasa; a terra diante dele é como o jardim do Édem mas atrás dele um desolado deserto; sim, nada lhe escapa. A sua aparência é como a de cavalos; e como cavaleiros, assim correm 


 

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Como o estrondo de carros sobre os cumes dos montes vão eles saltando, como o ruído da chama de fogo que consome o restelho, como um povo poderoso, posto em ordem de batalha. 


 

Diante dele estão angustiados os povos; todos os semblantes empalidecem. Correm como valentes, como homens de guerra sobem os muros; e marcham cada um nos seus caminhos e não se desviam da sua fileira. 


 

Não empurram uns aos outros; marcham cada um pelo seu carreiro; abrem caminho por entre as armas, e não se detêm. Pulam sobre a cidade, correm pelos muros; sobem nas casas; entram pelas janelas como o ladrão. Diante deles a terra se abala; tremem os céus; o sol e a lua escurecem, e as estrelas retiram o seu resplendor. 


 

E o Senhor levanta a sua voz diante do seu exército, porque muito grande é o seu arraial; e poderoso é quem executa a sua ordem; pois o dia do Senhor é grande e muito terrível, e quem o poderá suportar? Todavia ainda agora diz o Senhor: Convertei-vos a mim de todo o vosso coração; e isso com jejuns, e com choro, e com pranto. E rasgai o vosso coração, e não as vossas vestes; e convertei-vos ao Senhor vosso Deus; porque ele é


 

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misericordioso e compassivo, tardio em irar-se e grande em benignidade, e se arrepende do mal. Quem sabe se não se voltará e se arrependerá, e deixará após si uma bênção, em oferta de cereais e libação para o Senhor vosso Deus? 


 

Tocai a trombeta em Sião, santificai um jejum, convocai uma assembleia solene; congregai o povo, santificai a congregação, ajuntai os anciãos, congregai os meninos, e as crianças de peito; saia o noivo da sua recâmara, e a noiva do seu tálamo. Chorem os sacerdotes, ministros do Senhor, entre o alpendre e o altar, e digam: Poupa a teu povo, ó Senhor, e não entregues a tua herança ao opróbrio, para que as nações façam escárnio dele. Por que diriam entre os povos: Onde está o seu Deus? 


 

Então o Senhor teve zelo da sua terra, e se compadeceu do seu povo. E o Senhor, respondendo, disse ao seu povo: Eis que vos envio o trigo, o vinho e o azeite, e deles sereis fartos; e vos não entregarei mais ao opróbrio entre as nações; 


 

e removerei para longe de vós o exército do Norte, e o lançarei para uma terra seca e deserta, a sua frente para o mar oriental, e a sua retaguarda para o mar ocidental; subirá o seu mau cheiro, e subirá o seu fedor, porque ele tem feito grandes coisas. 


 

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Não temas, ó terra; regozija-te e alegra-te, porque o Senhor tem feito grandes coisas. Não temais, animais do campo; porque os pastos do deserto já reverdecem, porque a árvore dá o seu fruto, e a vide e a figueira dão a sua força.


 

Alegrai-vos, pois, filhos de Sião, e regozijai-vos no Senhor vosso Deus; porque ele vos dá em justa medida a chuva temporã, e faz descer abundante chuva, a temporã e a serôdia, como dantes. E as eiras se encherão de trigo, e os lagares trasbordarão de mosto e de azeite. 


 

Assim vos restituirei os anos que foram consumidos pela locusta voadora, a devoradora, a destruidora e a cortadora, o meu grande exército que enviei contra vós. Comereis abundantemente e vos fartareis, e louvareis o nome do Senhor vosso Deus, que procedeu para convosco maravilhosamente; e o meu povo nunca será envergonhado. Vós, pois, sabereis que eu estou no meio de Israel, e que eu sou o Senhor vosso Deus, e que não há outro; e o meu povo nunca mais será envergonhado. 


 

Acontecerá depois que derramarei o meu Espírito sobre toda a carne; vossos filhos e vossas filhas


 

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profetizarão, os vossos anciãos terão sonhos, os vossos mancebos terão visões; e também sobre os servos e sobre as servas naqueles dias derramarei o meu Espírito. 


 

E mostrarei prodígios no céu e na terra, sangue e fogo, e colunas de fumaça. O sol se converterá em trevas, e a lua em sangue, antes que venha o grande e terrível dia do Senhor. 


 

E há de ser que todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo; pois no monte Sião e em Jerusalém estarão os que escaparem, como disse o Senhor, e entre os sobreviventes aqueles que o Senhor chamar. 


 

Pois eis que naqueles dias, e naquele tempo, em que eu restaurar os exilados de Judá e de Jerusalém, congregarei todas as nações, e as farei descer ao vale de Josafá; e ali com elas entrarei em juízo, por causa do meu povo, e da minha herança, Israel, a quem elas espalharam por entre as nações; repartiram a minha terra, e lançaram sortes sobre o meu povo; deram um menino por uma meretriz, e venderam uma menina por vinho, para beberem. 


 

E também que tendes vós comigo, Tiro e Sidom, e todas as regiões da Filístia? Acaso quereis vingar-vos de mim? Se assim vos quereis vingar, bem depressa


 

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retribuirei o vosso feito sobre a vossa cabeça. Visto como levastes a minha prata e o meu ouro, e os meus ricos tesouros metestes nos vossos templos; também vendestes os filhos de Judá e os filhos de Jerusalém aos filhos dos gregos, para os apartar para longe dos seus termos.


 

Eis que eu os suscitarei do lugar para onde os vendestes, e retribuirei o vosso feito sobre a vossa cabeça; pois venderei vossos filhos e vossas filhas na mão dos filhos de Judá, e estes os venderão aos sabeus, a uma nação remota, porque o Senhor o disse.


 

Proclamai isto entre as nações: Preparai a guerra, suscitai os valentes. Cheguem-se todos os homens de guerra, subam eles todos. Forjai espadas das relhas dos vossos arados, e lanças das vossas podadeiras; diga o fraco: Eu sou forte.   


 

Apressai-vos, e vinde, todos os povos em redor, e ajuntai- vos; para ali, ó Senhor, faze descer os teus valentes. Suscitem-se as nações, e subam ao vale de Jeosafá; pois ali me assentarei, para julgar todas as nações em redor. Lançai a foice, porque já está madura a seara; vinde, descei, porque o lagar está cheio, os vasos dos lagares trasbordam, porquanto a sua malícia é grande.


 

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Multidões, multidões no vale da decisão! porque o dia do Senhor está perto, no vale da decisão. O sol e a lua escurecem, e as estrelas retiram o seu resplendor. E o Senhor brama de Sião, e de Jerusalém faz ouvir a sua voz; os céus e a terra tremem, mas o Senhor é o refúgio do seu povo, e a fortaleza dos filhos de Israel. 


 

Assim vós sabereis que eu sou o Senhor vosso Deus, que habito em Sião, o meu santo monte; Jerusalém será santa, e estranhos não mais passarão por ela. 


 

E naquele dia os montes destilarão mosto, e os outeiros manarão leite, e todos os ribeiros de Judá estarão cheios de águas; e sairá uma fonte da casa do Senhor, e regará o vale de Sitim. O Egito se tornará uma desolação, e Edom se fará um deserto assolado, por causa da violência que fizeram aos filhos de Judá, em cuja terra derramaram sangue inocente. 


 

Mas Judá será habitada para sempre, e Jerusalém de geração em geração. E purificarei o sangue que eu não tinha purificado; porque o Senhor habita em Sião.” Joel 2:1-32; 3:1-21.


 

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Estes dois capítulos de Joel nos dão uma perspectiva mais compacta e gráfica do “dia grande e terrível do Senhor”. Através deles podemos claramente ver a natureza esse dia. E como Elias vem justamente antes do começo desse dia, necessariamente ele é o profeta que deve explicar as profecias referentes ao dia; consequentemente, ele é aquele que anuncia que o dia está perto.


 

Sem dúvida, isso confirma a conclusão de que, se Elias deve anunciar o grande dia, ele será, portanto o único capaz de interpretar corretamente as profecias desse dia, as quais são ainda mistérios para o cristianismo, até mesmo para nossa igreja! De fato, só para reiterar, o profeta é enviado por essa mesma razão. Ele há de abrir o rolo profético para explicar como será o dia do Senhor, o que Ele fará nesse tempo, e como podemos sobreviver os Seus juízos. Mais uma vez, temos que ressaltar este fato: sendo o último dos profetas, Elias é, portanto, o único que pode abrir para o nosso entendimento, todas as profecias da Bíblia concernentes o dia grande e terrível de Jeová – profecias que até agora são mistérios para todos. Dessa maneira, como dizem as Escrituras, ele tocará a trombeta em Sião e soará o alarme no santo monte do Senhor, na igreja.


 

Fazendo isso, ele põe em movimento


 

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o poder que há de restaurar todas as coisas, para cumprir as palavras de Cristo: “Na verdade Elias virá e restaurar todas as coisas”. Mateus 17:11. Inevitavelmente então, sem a mensagem de Elias morreríamos na nossa ignorância e pecados para nunca ver o cumprimento da profecia na restauração prometida.


 

A conclusão dos capítulos 2 e 3 da profecia de Joel revela definitivamente que o “dia grande e terrível do Senhor” é o tempo quando liberta o Seu povo do jugo das nações dos gentios, e limpa o seu sangue. Mas você possivelmente dirá: “Nós nunca ouvimos tal coisa!” Bom, se está na palavra de Deus, deveríamos ouvi-lo. É justamente a razão que Elias é enviado. Respeito à purificação da igreja, a Bíblia afirma:


 

“E há de ser que todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo; pois no monte Sião e em Jerusalém estarão os que escaparem, como disse o Senhor, e entre os sobreviventes aqueles que o Senhor chamar. Mas Judá será habitada para sempre, e Jerusalém de geração em geração. E purificarei o sangue que eu não tinha purificado; porque o Senhor habita em Sião.” Joel 2: 32; 3:20,21

E se perguntarmos quando acontecerá isto, o mesmo profeta Joel nos dá ainda mais luz sobre o assunto:

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Pois eis que naqueles dias, e naquele tempo, em que eu restaurar os exilados de Judá e de Jerusalém, congregarei todas as nações, e as farei descer ao vale de Josafá; e ali com elas entrarei em juízo, por causa do meu povo, e da minha herança, Israel, a quem elas espalharam por entre as nações; repartiram a minha terra”. Joel 3:1,2.

Joel ressalta muito mais o lado terrível do dia do que Malaquias, pois ele declara:

...pois o dia do Senhor é grande e muito terrível, e quem o poderá suportar?” Joel 2:11.

Joel enfatiza mais no lado terrível do dia, do que na sua grandeza. Mais uma vez ele adverte:

Ai do dia! pois o dia do senhor está perto, e vem como assolação da parte do Todo-Poderoso”. Joel 1:15.

De novo, esta vez por intermédio do profeta Ezequiel, a Inspiração descreve o dia do Senhor nas seguintes palavras:

Dize portanto à casa de Israel [a igreja]: Assim diz o Senhor Deus: Não é por amor de vós que eu faço isto, o casa de Israel; mas em atenção ao meu santo nome, que tendes profanado entre as nações para onde fostes; e eu santificarei o meu grande nome, que foi profanado entre as nações, o qual profanastes no meio delas;


 

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e as nações saberão que eu sou o Senhor, diz o Senhor Deus, quando eu for santificado aos seus olhos.


 

Pois vos tirarei dentre as nações, e vos congregarei de todos os países, e vos trarei para a vossa terra. Então aspergirei água pura sobre vós, e ficareis purificados; de todas as vossas imundícias, e de todos os vossos ídolos, vos purificarei.


 

Também vos darei um coração novo, e porei dentro de vós um espírito novo; e tirarei da vossa carne o coração de pedra, e vos darei um coração de carne. Ainda porei dentro de vós o meu Espírito, e farei que andeis nos meus estatutos, e guardeis as minhas ordenanças, e as observeis.


 

E habitareis na terra que eu dei a vossos pais, e vós sereis o meu povo, e eu serei o vosso Deus.” Ezequiel 36:22-28.


 

Visto que a Bíblia descreve claramente a obra do profeta Elias, e como vai ser o dia, aqueles que humildemente investigam sobre ele e sua obra, não precisam conjeturar ou ficar em trevas no que refere a sua identidade e missão, porque ele tem a sagrada responsabilidade de publicar as verdades que lhe foram reveladas das profecias bíblicas. Assim que, todos os que forem obedientes, e com desejo de fazer a vontade de Deus, não terão dificuldade alguma de reconhecer o profeta e sua mensagem. (João 7:17). Saberão que, se alguém


 

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vier com uma mensagem diferente da mensagem que encontramos nas profecias relativas ao dia grande e terrível do Senhor, ele não é o Elias prometido.


 

Além disso, se envia alguém que não for o Elias antitípico, quer dizer, alguém com uma mensagem diferente do dia grande e terrível, ele não afirmará ser Elias; não mentirá. Por isso, se alguém diz ser o Elias, mas leva uma mensagem diferente do dia grande e terrível do Senhor, isso por si constituiria uma prova contundente de que tal pessoa não pode ser, de maneira alguma, profeta de Deus, mas um notório impostor. E se alguém lhe falar que algum profeta anterior já cumpriu esta profecia, ainda que o profeta mesmo não afirmasse ser o Elias, então, saiba que tais pessoas não trabalham com o Deus de Elias, mas com o diabo, e a conduta deles é um exemplo de laodiceanismo da pior índole.


 

Procedamos como cristãos, fiéis como o aço a Deus e à Sua santa obra; prontos a discernir as armadilhas de Satanás em suas obras ocultas e enganosas por meio dos filhos da desobediência”. Testemunhas para Ministros pag. 276


 

Visto que o Elias prometido há de ser o último para a igreja de hoje, como João Batista foi o último para a igreja no seu tempo, e já que a última obra a ser efetuada na terra é o juízo dos vivos, a verdade se destaca como a luz do dia que


 

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a mensagem de Elias é a mensagem do juízo dos vivos – a última mensagem, a qual, pela mesma natureza do evangelho, é de tremenda importância e de consequências maiores do que qualquer outra mensagem que tenha sido levada a povo algum.


 

Naturalmente, surge agora a questão do juízo para os vivos. Visto que como adventistas do sétimo dia, estamos familiarizados com a obra do juízo dos mortos, não deveríamos ter dificuldade para entendermos a natureza do juízo dos para os vivos. Sabemos que o juízo dos mortos consiste em remover, nos livros do Céu, os nomes dos apóstatas e pecadores dentre os nomes dos penitentes e perseverantes, os quais estão entre os que dormem. Somente se removem os nomes porque seus corpos já não existem mais. Também sabemos que este juízo para os mortos tem como propósito determinar os que hão de ressuscitar na primeira ressurreição (Ap. 20:6), e aqueles que ressuscitarão depois do milênio (Ap. 20:5). Portanto, que outro motivo poderia ter o juízo para os vivos, senão para “lançar fora” fisicamente os pecadores que ainda se encontram entre os fieis, como se vê figurativamente na parábola da rede lançada ao mar – a separação dos peixes bons dos ruins (Mateus 13:47-49).


 

O mesmo evento é salientado mais uma vez, na parábola do trigo e do joio (Mateus 13:30), também nas parábolas das bodas


 

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e dos talentos (Mateus 22:1-14; 25:14-30). Cada uma destas parábolas acrescenta mais evidência de que a separação é o juízo, no qual, a palha é levada pelo vento, e o trigo é recolhido no celeiro. Estas parábolas se referem à separação, ou seja, o juízo dos que estão na igreja, a casa de Deus, daí vem os primeiros frutos, os 144.000 (Ap. 14:1-5); cada uma enfatiza o mesmo fato que o apóstolo Pedro:


 

Porque já é tempo que comece o julgamento pela casa de Deus; e se começa por nós, qual será o fim daqueles que desobedecem ao evangelho de Deus?” 1 Pedro 4:17.


 

Ademais, o profeta Sofonias declara:


 

E há de ser que, naquele tempo, esquadrinharei a Jerusalém com lanternas, e castigarei os homens que se embrutecem com as fezes do vinho, que dizem no seu coração: O Senhor não faz o bem nem faz o mal. Por isso as riquezas deles se tornarão em despojo e as suas casas em desolação; e edificarão casas, mas não habitarão nelas; e plantarão vinhas, mas não lhes beberão o vinho. 

O grande dia do Senhor está perto; sim, está perto, e se apressa muito; ei-la, amarga é a voz do dia do Senhor; clama ali o homem poderoso. Aquele dia é dia de indignação, dia de tribulação e de angústia,

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dia de alvoroço e de assolação, dia de trevas e de escuridão, dia de nuvens e de densas trevas, dia de trombeta e de alarido contra as cidades fortificadas e contra as torres altas.

E angustiarei os homens, e eles andarão como cegos, porque pecaram contra o Senhor; e o seu sangue se derramará como pó, e a sua carne como esterco. Nem a sua prata nem o seu ouro os poderá livrar no dia da indignação do Senhor; mas pelo fogo do seu zelo será devorada toda a terra; porque certamente fará de todos os moradores da terra uma destruição total e apressada.” Sofonias 1:12-18

Estes versos são tão claros que não precisam de comentários.

De novo nosso tema nos leva para a profecia de Joel:

 “O sol se converterá em trevas, e a lua em sangue, antes que venha o grande e terrível dia do Senhor. E há de ser que todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo; pois no monte Sião e em Jerusalém estarão os que escaparem, como disse o Senhor, e entre os sobreviventes aqueles que o Senhor chamar. Pois eis que naqueles dias, e naquele tempo, em que eu restaurar os exilados de Judá e de Jerusalém, congregarei todas as nações,


 

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e as farei descer ao vale de Josafá; e ali com elas entrarei em juízo, por causa do meu povo, e da minha herança, Israel, a quem elas espalharam por entre as nações; repartiram a minha terra.” Joel 2:31,32; 3:1,2.


 

Uma simples leitura destes versos nos mostra que a separação (o juízo) acontece não somente na casa de Deus, mas também no mundo. O Senhor declara de maneira enfática: “congregarei todas as nações, e as farei descer ao vale de Josafá; e ali com elas entrarei em juízo...” verso 2.


 

O mesmo evento, a separação na igreja, foi profetizado no livro de Apocalipse:


 

E a serpente [o diabo] lançou da sua boca, atrás da mulher, água como um rio [uma multidão de inconversos], para fazer que ela fosse arrebatada pela corrente. A terra, porém acudiu à mulher; e a terra abriu a boca, e tragou o rio que o dragão lançara da sua boca. E o dragão irou-se contra a mulher [a igreja], e foi fazer guerra aos demais filhos dela [o remanescente – os que escaparam], os que guardam os mandamentos de Deus, e mantêm o testemunho de Jesus”. Apocalipse 12:15-17.

Assim, tanto as Escritura quanto a lógica nos revelam claramente

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que os escapados e separados são, de fato, o povo remanescente de Deus.

Uma vez purificada a igreja – os pecadores removidos do meio dela – então, o “remanescente” chamará o povo de Deus [as outras ovelhas] que ainda está em Babilônia a sair dela com um Alto Clamor.

Ouvi outra voz do céu dizer: Sai dela, povo meu, para que não sejas participante dos sete pecados, e para que não incorras nas suas pragas.” Apocalise: 18:4

As Escrituras nos revelam que aqueles que são chamados a sair de Babilônia, serão levados a um lugar (Ezequiel 36:24; Isaias 66:20) onde não tem pecado (Isaias 35:8; 52:1; 62:12), sem temor de que as pragas caiam sobre eles (Isaias 4:5,6; 32:17,20; Salmos 91:10); ou seja, eles são recolhidos na igreja purificada – o reino dos primeiros frutos (das primícias).

Dessa última separação, a que acorre em Babilônia, Jesus nos falou nessa parábola:

E diante dele serão reunidas todas as nações; e ele separará uns dos outros, como o pastor separa as ovelhas dos cabritos; e porá as ovelhas à sua direita, mas os cabritos à esquerda.” Mateus 25:32,33

A respeito à separação anterior, a que acontece na casa de Deus, lemos nas profecias de Ezequiel e Isaias:

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Afirma o profeta Ezequiel:

E disse-lhe o Senhor: Passa pelo meio da cidade, pelo meio de Jerusalém, e marca com um sinal as testas dos homens que suspiram e que gemem por causa de todas as abominações que se cometem no meio dela. E aos outros disse ele, ouvindo eu: Passai pela cidade após ele, e feri; não poupe o vosso olho, nem vos compadeçais. Matai velhos, mancebos e virgens, criancinhas e mulheres, até exterminá-los; mas não vos chegueis a qualquer sobre quem estiver o sinal; e começai pelo meu santuário. Então começaram pelos anciãos que estavam diante da casa.” Ezequiel 9:4-6.

E Isaias continua:

 Pois, eis que o Senhor virá com fogo, e os seus carros serão como o torvelinho, para retribuir a sua ira com furor, e a sua repreensão com chamas de fogo. Porque com fogo e com a sua espada entrará o Senhor em juízo com toda a carne; e os que forem mortos pelo Senhor serão muitos.”

Porei entre elas um sinal, e os que dali escaparem, eu os enviarei às nações, a Társis, Pul, e Lude, povos que atiram com o arco, a Tubal e Javã, até as ilhas de mais longe, que não ouviram a minha fama, nem viram a minha glória; e eles anunciarão entre as nações a minha glória. 


 

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E trarão todos os vossos irmãos, dentre todas as nações, como oblação ao Senhor; sobre cavalos, e em carros, e em liteiras, e sobre mulas, e sobre dromedários, os trarão ao meu santo monte, a Jerusalém, diz o Senhor, como os filhos de Israel trazem as suas ofertas em vasos limpos à casa do Senhor.” Isaias 66:15,16,19,20.


 

Só um laodicense incurável, que se aferra a sua ilusão de que não precisa de mais nada – de mais verdade ou profeta, não consegue ver que as profecias relacionadas ao dia do Senhor, são passagens totalmente obscuras (encobertas) para ele; que ele, ao invés de nada, precisa de tudo, e que a obra do Elias prometido não é a obra que os laodicenses estão fazendo. A mensagem da igreja de Laodiceia (o juízo dos mortos), definitivamente, não é a mensagem de Elias, embora que muitos pensem que é. Que muitos ignoram esse fato, o Senhor aponta:

Porquanto dizes: Rico sou, e estou enriquecido, e de nada tenho falta; e não sabes que és um coitado, e miserável, e pobre, e cego, e nu”. Apocalipse 3:17.


 

Além disso, todos nós sabemos que a obra do Elias típico resultou na destruição dos profetas e sacerdotes que rendiam culto a Baal em lugar do Senhor, os mesmos que conduziam o antigo Israel


 

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às coisas mais enganosas e insensatas naqueles dias. Então, a obra do Elias antitípico, sendo no espírito e poder de Elias típico, há de efetuar uma obra similar àquela que Elias, o tisbita, fez. Portanto deve restaurar a verdade e a justiça, e trazer juízos sobre os falsos profetas e mestres, no dia antitípico que na verdade é a separação do joio do trigo – o juízo para os vivos.


 

O peso substancial das evidencias que temos reunido até agora da Bíblia, sobre o tema em questão, com toda certeza, tem impressionado você, querido leitor, colocando-o cara a cara com a solene verdade do nosso Senhor, nessas últimas horas do tempo de graça. Todos os que de maneira objetiva examinaram o tema até este ponto, com certeza, seguirão agora a próxima parte, “pondo tudo à prova, e retendo o que é bom”.


 

Consideremos as seguintes perguntas: Vai reaparecer o antigo profeta Elias (tisbita) em pessoa? ou será que alguém com o mesmo espírito e poder cumprirá a profecia?


 

A declaração de João Batista que ele mesmo não era o Elias, e a declaração de Jesus que João era o Elias de seu tempo, esclarece três pontos:


 

(1) Que João de forma alguma, estava cumprindo a missão do Elias


 

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que há de vir antes dia grande e terrível do Senhor; porém, ele foi o último profeta da igreja de seu tempo. Simplesmente, veio no espírito e poder de Elias, para preparar o caminho do Senhor na Sua primeira vinda. De modo semelhante, o Elias do dia grande e terrível de Jeová, o último profeta da igreja de hoje, vem no mesmo espírito e poder, para prepara o caminho para a segunda vinda do Senhor.


 

(2) Que como João foi o Elias de seu tempo, mas não o Elias tisbita mesmo, então a promessa do Elias não tem necessariamente que cumprir-se no mesmo Elias antigo.


 

(3) Que o Elias na ocasião da primeira vinda de Cristo era, somente, uma pessoa; e o Elias do Monte Carmelo era uma pessoa também, não uma multidão de sacerdotes, então, pela mesma lógica, o Elias de hoje há de ser uma pessoa, não uma multidão de pastores.


 

A promessa em si é para uma só pessoa, e não mais. Com uma só exceção, não sabemos de algum outro tempo quando Deus usou mais de um profeta, quanto menos vários ao mesmo tempo, para levar uma mensagem ao povo. Invariavelmente, Ele chamava um profeta, e esse, guiado pelo Espírito Santo, chamava outros para ajudarem-no a levar a mensagem às pessoas. Só desse jeito, os outros chegavam a ser identificados com o profeta.


 

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Que roubo tão blasfemo seria, se alguém tentasse roubar a verdade referente ao papel do profeta, e proclamar, no lagar da verdade, a mentira de que o Elias não é uma pessoa, mas um grupo de pessoas, pois de acordo com os tipos [exemplos] e as profecias, bem como a lei e a ordem do Céu, é impossível acreditar uma coisa semelhante. Por conseguinte, esse ato de se opor às Escrituras, é um esforço obstinado de se livrar, para sempre, do profeta prometido por Deus, que como Faraó, com o intuito de livrar de Moisés, afogava os meninos hebreus no Nilo , y da mesma forma, Herodes, para se livrar de Cristo, matava os meninos do seu tempo. Pensem nisto, irmãos!


 

De novo, se alguém ainda tiver a ideia de que essa promessa de um profeta se refere a uma multidão de pregadores, então, tão certamente como vive sua alma, essa pessoa está se enganando tão terrivelmente como os seguidores de Corá, Datã e Abirão se enganaram ao acreditarem, presunçosamente, que esses três buscadores de dom profético, eram profetas como Moisés. Não se esqueça que esses três impostores alegavam que toda a congregação fosse santa (Números 16:1-3)! Mas, estavam certos? E tão certamente como a terra os tragou, assim também acontecerá com os que, em nossos dias, fazem a mesma obra. Serão tragados quando a Terra abrir a sua para tragar o rio o inimigo lançara da sua boca (Apocalipse 12:16).


 

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Lamentavelmente, os que quiserem acreditar numa mentira, agindo como tolos, sempre encontrarão ocasião. Nada os poderá deter. Queridos irmãos, esperamos, sinceramente, que sejam seguidores de Deus e do Espírito Santo, em verdade; e não seguidores de homens e do eu, pois o assunto é tão sério que somos confrontados ao pensamento mais honesto e à decisão mais corajosa da nossa vida. Portanto, devemos agora prosseguir, com toda sinceridade, com as considerações fanais:


 

Visto que o Senhor não está experimentando, e que toma a sério o que Ele fala, não deveria caber dúvida alguma nas suas mentes que as Escrituras que dizem respeito ao Elias antitípico (o que há de vir para despertar a igreja e advertir aos laodicenses do dia grande e terrível do Senhor), ensinam claramente que Elias é uma pessoa. Com certeza, deve ter colaboradores fiéis, mas segundo a profecia de Naum, usará a imprensa para espalhar a mensagem como as folhas do outono, em todo lugar, por intermédio do correio. Não se preocupará com o que as pessoas vão fazer com as publicações; porém, tomará todas medidas para que elas se encontrem nas mãos de todos, nos bolsos, nos quintais, ou até nas lixeiras, por todo lugar em Lodiceia [na igreja].

Aqui está o que a Inspiração mesma diz respeito à maneira que o profeta usa para levar sua mensagem à igreja:

Eis sobre os montes os pés do que traz boas novas, do que anuncia a paz! Celebra as tuas festas,

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ó Judá, cumpre os teus votos, porque o ímpio não tornará mais a passar por ti; ele é inteiramente exterminado.” Naum 1:15

O Senhor nos mostra, através do profeta Naum, que aquele que anuncia que chegou o tempo para o ímpio ser cortado dentre os fiéis do povo de Deus, e que o juízo para os vivos (o dia grande e terrível do Senhor) está por acontecer, deve anunciar esses eventos por meio das publicações. Ademais, no tocante a esta verdade oportuna, este “alimento a seu tempo”, Isaias declara que será distribuído a todos gratuitamente – sem “dinheiro e sem preço”. Também, ele os exorta a não gastar seu dinheiro comprando “aquilo que não é pão” (Isaias 55:1,2), ou seja, aquilo que não é inspirado por Deus.

Qual o conselho de Deus concernente à Voz das publicações de Elias? Qual é o título delas?

A reposta vem do profeta Miqueias:

A voz do SENHOR clama à cidade e o que é sábio verá o teu nome. Ouvi a vara, e quem a ordenou”. Miqueias 6:9.

Eis aqui uma Vara que fala; e sua voz, diz a Bíblia, é a voz do Senhor a Seu povo.

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E visto que A Vara do Pastor, as publicações que contem a mensagem do dia grande e terrível, é a única Vara que tem falado, então são às publicações da Vara que o Senhor exige que todos prestem atenção. Alguns podem até chamá-las de “rebentos” [separatistas], outros, de “montão de lixo ” (Conselhos sobre a Escola Sabatina, pag. 38). Mas o Senhor as chama: “A Vara”, e Seu conselho é que ouçamos a voz dela. Na verdade, como a vara é um símbolo de autoridade, correção, e livramento, qual outro título poderia ser mais idôneo para significar que ela [A Vara] vai libertar o fiel e eliminar o ímpio? Foi a Vara do Pastor que libertou o antigo Israel; e o Senhor escolheu “A Vara do Pastor” para libertar o Israel moderno. Foi uma Vara que conduziu o primeiro Êxodo, e agora se vê que uma Vara está por conduzir o segundo Êxodo (Isaias 11:11; Miqueias 7:14,15; Ezequiel 20: 36,37).

Depois de ouvirmos o que a Bíblia diz respeito ao tema, agora, vamos examinar o que os fundadores da igreja diziam em seu tempo:

Mas a profecia se cumpriu totalmente com João Batista? Respondemos, Não. Está mais intimamente vinculada ao dia grande e terrível do Senhor, do que a missão de João. A obra de João limitava-se exclusivamente à primeira vinda de Jesus. Porém, a profecia deve

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relacionar-se, mais especialmente, à segunda vinda de Cristo, o evento culminante do dia grande e terrível de Jeová”. Review and Herald, 23 de fevereiro de 1864.

Você afirma que a profecia tem que cumprir-se por uma pessoa? respondemos, não necessariamente. A missão de João nos mostrou que não o indivíduo, mas o espírito e o poder que cumprem a profecia. E por que esse mesmo espírito e poder não podem acompanhar um grupo de homens, bem como um indivíduo, sobretudo se a extensão e importância da obra requerem uma atuação em conjunto?” Review and Herald, 23 de fevereiro de 1864.

Afirmamos, pois, que cremos que a mensagem do terceiro anjo está cumprindo agora a profecia de Malaquias 4:5,6. Por isso, ninguém se engane com a ideia de que Elias há de aparecer pessoalmente, em lugar disso, prestem atenção à obra que está sendo realizada ante seus olhos.” Review and Herald, 23 de fevereiro de 1864.

Nesses textos, vemos que os pioneiros da igreja desconsideraram a ideia de que o antigo profeta teria que reaparecer em pessoa. Além disso, estas citações mostram que, embora a profecia em si exija a aparição de um profeta, mas não restringe a o obra apenas a uma pessoa, mas a um grupo, um conjunto de colaboradores dirigidos pelo Senhor e dotados do espírito e poder de Elias.

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Essas passagens se esclarecem ainda mais com esta citação de “Primeiros Escritos”:

Vi então o terceiro anjo. Disse meu anjo acompanhante: ‘Terrível é sua obra. Tremenda sua missão. Ele é o anjo que deve separar o trigo do joio, e selar, ou atar, o trigo para o celeiro celestial. Essas coisas devem absorver toda a mente, a atenção toda.’ Primeiros Escritos pág. 118

Neste texto, se nos informa que a mensagem do terceiro anjo, na sua fase final, é a ceifa – o Juízo para os Vivos.

Também:

O tempo do Juízo é um período muito solene, em que o Senhor recolhe os Seus dentre o joio”. Testemunhos para Ministros, pág. 234

A mensagem do terceiro anjo”, na sua fase inicial – o juízo investigativo para os mortos – foi revelada por uma pessoa , a fundadora da igreja, e essa pessoa dirigia os outros colaboradores. Assim deve ser com a mensagem na sua fase final – o juízo para os vivos. Além disso, visto que a primeira parte da mensagem do terceiro anjo, o juízo para os mortos, não inclui a última mensagem,

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nem abrange o juízo na sua totalidade; pelo contrário, ela apenas cobre a primeira fase, portanto, a última parte da mensagem do terceiro anjo, o juízo para os vivos, é necessariamente a última mensagem e a parte final do juízo. De fato, as três mensagens angelicais aplicam-se apenas indiretamente ao juízo para os mortos, porque o juízo para vivos é o evento de maior importância; isto é, o anjo não foi enviado especialmente para explicar o que o juízo faz com os mortos, mas para explanar o que vai acontecer com os vivos durante o juízo.

O juízo investigativo dos mortos não é o “dia grande e terrível”. Nem sequer trata das profecias do dia grande e terrível do Senhor. Visto que a pessoa por quem veio a mensagem do juízo dos mortos morreu há anos, e já que nada, para não dizer “todas as coisas”, tem sido restaurado, e como essa pessoa nunca pretendeu ser o Elias, nem revelar as profecias do juízo para os vivos, ninguém, por conseguinte, pode honesta e inocentemente dizer que Elias já veio e foi embora. Com todos estes fatos, seria uma estupidez na forma mais baixa, se não uma blasfêmia, se alguém pretendesse que ela [Ellen G. White] fosse o Elias, ou imaginasse que a obra profética dela fosse mais do que uma parte preparatória para a missão de Elias.

Assim que vemos que quanto mais analisamos

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o tema mais óbvia torna-se a verdade que a mensagem do terceiro anjo, na sua fase final, é o juízo para os vivos, a colheita. Então, podemos afirmar sem sombra de dúvida que a obra de Elias é para derramar luz sobre esse acontecimento.

Os que devem preparar o caminho para a segunda vinda de Cristo são representados pelo fiel Elias, assim como João veio no espírito de Elias para preparar o caminho para o primeiro advento de Cristo”. Testemunhos para Igreja, vol. 3, pág. 62

Então, resulta bem claro que os laodiceanos não podem preparar o caminho para a segunda vinda de Jesus sem a mensagem do juízo para os vivos, a última mensagem, até porque eles mesmos, declara o Senhor, estão à beira de ser vomitados da Sua boca. Obrigatoriamente, então, os laodiceanos mesmos hão de ser despertados, caso for possível, pelo profeta Elias, a não ser que, enquanto se iludem com ser ricos sem a mensagem do Elias, pereçam nos seus pecados quando começar o juízo dos vivos.

Aqui está uma profecia da Irmã White sobre a obra que deve ser feita durante o dia grande e terrível do Senhor; quando ela escreveu isso, o dia ainda estava no futuro:

As palavras finais de Malaquias são uma profecia referente à obra que deveria ser feita para o caminho para o primeiro e segundo advento Cristo”. Southern Watchman, 21 de março 1905.

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A obra de João Batista, e a obra que dos que nos últimos dias saem no poder e espírito de Elias para acordar as pessoas de sua apatia, são em muitos aspectos da mesma natureza. Seu ministério é um tipo do trabalho que deve ser feito neste tempo. Cristo há de vir para julgar nosso mundo com justiça. Os mensageiros de Deus que levam a última mensagem ao mundo, devem preparar o caminho para a segunda volta de Cristo, assim como João o preparou na ocasião da Sua primeira vinda.” Southern Watchman, 21 de março 1905.

Na hora do maior perigo, o Deus de Elias levantará instrumentos humanos para dar uma mensagem que não será silenciada”. Profetas e Reis, pág. 93.

Deixai que o céu guie”

A profecia se deve cumprir. Diz o Senhor: “Eis que Eu vos envio o profeta Elias, antes que venha o dia grande e terrível do Senhor.” Alguém deve vir no espírito e no poder de Elias,* e quando ele aparecer, poderão os homens dizer: “Sois demasiadamente sinceros, não interpretais as Escrituras na devida maneira. Deixai-me dizer-vos como ensinar vossa mensagem.” Testemunhos para Ministros, pág. 475, 476. (citada na Review and Herald, 18 de fevereiro de 1890).

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Isto é o maior perigo para todos, até os crentes. Por isso fica bem claro que “temos mais a temer dos de dentro do que dos de fora. Os impedimentos de força e sucesso são bem maiores na igreja do que no mundo.” Review and Herald, 22 de março, 1887. Pelo menos, os que são da igreja deveriam saber isso, em vez de tentarem estabilizar a arca, como se Deus os tivesse autorizado a ocupar Seu lugar e dirigir Seu profeta, cobiçando não somente a missão do profeta, mas também a autoridade divina! Que insulto não somente a nossa própria inteligência, mas também a Deus!

Com luz que foi derramada sobre o tema até agora, podemos ver, irmãos, como nunca antes, que temos chegado ao momento mais solene da nossa vida, um tempo em que não podemos tratar este assunto de maneira leviana e indiferente. Devemos pedir a Deus que nos guie em toda a verdade para este tempo, não seja que andemos como cegos (sem a Inspiração) em direção à perdição. Também, com sinceridade de coração e com uma atitude solene, consideremos essas relevantes palavras dirigidas à igreja:

Na última e mais solene obra, poucos grandes homens se empenharão. Os presumidos e independentes de Deus, Ele não os pode usar. O Senhor tem servos fiéis, que se hão de revelar no tempo da sacudidura e prova”. Testemunhos para a Igreja, vol. 5, pág. 80.

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As mensagens vindas do Céu são de natureza tal que despertam oposição. As fiéis testemunhas de Cristo e da verdade reprovarão o pecado. Suas palavras serão como um martelo a quebrar o coração empedernido, como um fogo a consumir matéria inútil. Há necessidade constante de fervorosas e decididas mensagens de advertência. Deus deseja ter homens fiéis ao dever. Na ocasião apropriada Ele envia Seus fiéis mensageiros para fazerem uma obra semelhante à de Elias”. Testemunhos para a Igreja, vol. 5, pág. 254

Somente aqueles que tem resistido e vencido a tentação com o poder do Onipotente, serão permitidos a participar na proclamação da mensagem do terceiro anjo, quando ela crescer até ser um alto clamor. Review and Herald, 19 de novembro 1908.

Irmãos, o que essas páginas apresentam aqui, para vocês analisarem de maneira muito sincera e fervorosa, não é uma teoria ou fábula ociosa de alguém, mas uma mensagem inspirada por Deus. Portanto, tem que ser somente a mais pura verdade. Por conseguinte, se vocês lhe prestarem atenção, ficarão muito felizes. Contudo, se tiverem qualquer dúvida, rogo-lhes que apresentem seus argumentos, e que nos mostrem que outro significado teriam as profecias e parábolas que foram estudadas neste livro. E não as ponham de lado, dizendo:

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Ah... dissidentes, separatistas”, colocando-lhes algum nome desfavorável, porque quanto mais vocês fizerem isso, mais vão atormentar a si mesmos. Rogo-lhes, irmãos, que entrem em contato com a Associação Publicadora Universal, para conseguir literaturas gratuitas sobre a mensagem para este tempo, e estudar a fundo com toda honestidade e solenidade. Então, não se verão mais atormentados pelos dissidentes.

De modo que, irmãos, antes de opinar, considerem cuidadosamente esta pergunta: se rejeitarem esta revelação aqui apresentada, que verdade oportuna vocês terão para si mesmos e para o mundo, quando acabar o juízo para os mortos? Que verdade presente vão ter para qualquer pessoa, inclusive vocês mesmos, quando começar o juízo para os vivos? Que vão ter senão uma lâmpada vazia, a menos que preencham as suas vasilhas com o azeite adicional [a mensagem de hoje]? Em outras palavras, a menos que o rolo se abra para dar-lhes uma nova revelação de “alimento a seu tempo” (Mateus 24:45). O que aconteceria se vocês repetissem os erros dos judeus, dos romanos e dos protestantes, os quais rejeitaram as mensagens de Deus? Deus não permita que isto seja a sorte de ninguém a que foi feito este apelo!